Uma das mais conceituadas instituições públicas de ensino superior, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), aprovou a adesão parcial ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma alternativa de ingresso ao seu vestibular tradicional.
A novidade passará a valer a partir de 2019, portanto os candidatos que prestarem o Enem neste ano a forem concluir (ou já tiverem terminado) o ensino médio poderão concorrer a vagas da Unicamp pelo exame nacional.
A decisão, que já havia passado pelo crivo do Câmara, foi aprovada em reunião extraordinária realizada nesta terça-feira (21), pelo órgão máximo da universidade, o Conselho Universitário (Consu). De acordo com a proposta, 20% das mais de 3 mil vagas de 70 cursos presenciais da instituição serão ocupadas via Enem, respeitando a seguinte divisão:
- 10% para candidatos que concluírem o ensino médio em escolas da rede pública;
- 5% para estudantes autodeclarados pretos e pardos e que, simultaneamente, seja oriundos de escolas públicas;
- 5% para alunos autodeclarados pretos e pardos, independente de serem da rede pública ou privada de ensino.
Para José Alves de Freitas Neto, coordenador executivo da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), que planeja, cria e executa o processo seletivo da Unicamp, a elaboração de um vestibular próprio via Enem é o meio mais apropriado para democratizar o acesso a universidade:
O Consu considerou que é um mecanismo mais democrático e permitirá mais oportunidades.
Vale esclarecer que o Conselho votou entre a realização do vestibular institucional via Enem e a adesão ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu),que também usa o unicamente o desempenho do exame, porém é organizado pelo Ministério da Educação (MEC).
O Consu ainda discutiu sobre a implementação das cotas étnico-raciais, reserva de vagas aos indígenas, estudo sobre bônus para deficientes e oferta de cerca de 170 carteiras extras para candidatos que ficarem em posição de destaque em olimpíadas com abrangência nacional.
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