Iluminismo e Despotismo Esclarecido

A burguesia era a classe que tinha o apoio da nobreza, pois gerava lucros com o comércio. Apesar disso, aspirava o fim da intervenção do Estado na economia, o que levou-a a criticar o atual sistema de governo do período, ou seja, o Antigo Regime. Na busca por maior liberdade política e econômica, surgiu, então, no século XVIII, o movimento denominado Iluminismo.

Considerado uma revolução intelectual do “Século das Luzes”, tal movimento repercutiu pelo mundo todo e se caracterizou por tentar combater o mercantilismo, o absolutismo e a supremacia da Igreja, ou seja, os princípios do Antigo Regime, com base na razão, o conceito que fundamentava o Iluminismo e através do qual era possível atingir o conhecimento.

Os ideais dos filósofos iluministas eram propagados através das enciclopédias, o que ficou conhecido como o Enciclopedismo. Um dos principais pensadores do período foi Voltaire, o qual criticava os absolutistas, os nobres e a Igreja, e defendia a liberdade de opinião.

Outro grande pensador foi John Locke, o qual foi considerado o “pai do Iluminismo” por suas teorias de defesa do liberalismo político e críticas ao absolutismo. Montesquieu também foi uma figura de grande importância, pois foi o responsável pela divisão dos poderes que pertenciam à Coroa em Executivo, Legislativo e Judiciário, o que vigora até os dias atuais.

Pensadores iluministas: John Locke, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Denis Diderot.
Pensadores iluministas: John Locke, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Denis Diderot.

Rousseau foi o pensador que mais se aproximou das aspirações da população, defendendo a soberania do povo e criticando até a burguesia, por seu individualismo. Adam Smith foi o criador dos ideais do liberalismo econômico, defendendo a lei da oferta e da procura. Além desses, também destacaram-se filósofos como Diderot, D’Alambert, Quesnay, Buffon, entre outros.

Alguns monarcas absolutistas, ao observar a força desse movimento, decidiram aderir ao pensamento, porém sem interromper totalmente seu poder absoluto, o que ficou conhecido como despotismo esclarecido.

Participaram desse movimento monarcas como Catarina II, da Rússia, Frederico II, da Prússia, José II, da Áustria, Carlos III, da Espanha e José I, de Portugal, os quais fizeram reformas em seus países, principalmente nos âmbitos econômico e religioso, porém ainda reprimindo movimentos reivindicatórios.

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