Estudando as Relações Ecológicas Interespecíficas Positivas

Em nossa postagem anterior, falamos sobre os quatro diferentes tipos de relações (ou interações) ecológicas intraespecíficas (relembre essa postagem aqui!). Desta forma, você pode observar que as relações podem ser benéficas ou não para os envolvidos. O objetivo de hoje é estudar sobre as relações ecológicas interespecíficas positivas, apresentando os seus tipos, características e situações onde ocorrem.

Assim como fizemos para as relações intraespecíficas, começaremos pela sua definição. As relações ecológicas interespecíficas são as interações mantidas por indivíduos de uma mesma comunidade, mas que pertencem a diferentes espécies. Desta forma, as interações interespecíficas necessitam de pelo menos duas espécies para que possam ocorrer!

Da mesma maneira, essas relações podem ser positivas ou negativas, conforme as definições a seguir:

  • Relações positivas ou harmônicas: São as relações onde ambas as partes envolvidas obtêm vantagem da interação. Sendo assim, uma relação positiva resulta sempre em ganhos para ambas as espécies envolvidas e;
  • Relações negativas ou desarmônicas: Essas relações são aquelas em que pelo menos uma das partes envolvidas é prejudicada. Deste modo, nessas relações, um indivíduo leva vantagem de outro.

Assim, começaremos explicando sobre as relações ecológicas positivas, deixando as relações negativas para a próxima postagem.

Relações interespecíficas positivas

As relações interespecíficas positivas que abordaremos serão: mutualismo, protocooperação, inquilinismo e comensalismo.

  • Mutualismo: No mutualismo, ambas as espécies são beneficiadas, e essa interação é necessária para a sobrevivência de ambas! Isso acontece porque essa interação geralmente envolve troca de alimentos ou funções do organismo. Um exemplo de mutualismo é a associação entre liquens e fungos, onde os liquens realizam a fotossíntese e produzem matéria orgânica, enquanto os fungos são responsáveis pela absorção de água e nutrientes.
  • Protocooperação: A protocooperação, também denominada mutualismo facultativo, é uma relação ecológica na qual os indivíduos conseguem viver separadamente, mas a convivência em conjunto é melhor para ambos. Um exemplo clássico é a protocooperação entre o jacaré africano e o pássaro palito. Nesta relação, o pássaro se alimenta de pequenos detritos e sanguessugas na boca do jacaré, que dorme com a boca aberta. Embora ambos não dependam disso para sobreviver, a relação ajuda aos dois animais.

  • Inquilinismo: Nesta relação, uma espécie vive como hospedeira em uma outra, com algum objetivo, que pode ser a alimentação ou proteção. No entanto, a espécie “basenão é prejudicada. Como exemplo, citamos as orquídeas, que ficam hospedadas em troncos de árvores, sem prejudicá-las.

  • Comensalismo: No comensalismo, uma espécie obtém vantagens alimentares, enquanto para outra é totalmente indiferente. Por exemplo, os urubus que se alimentam de restos deixados por outros animais carnívoros.

Devemos estar atentos para não confundir estes pares de termos. Enquanto no mutualismo a união é necessária para a sobrevivência de ambos, na protocooperação isto não é válido, ou seja, ambos podem viver separadamente.

Também devemos estar atentos quanto ao inquilinismo e o comensalismo. Enquanto o inquilinismo está ligado a hospedagem de uma espécie, no comensalismo a questão é unicamente alimentar!

Portanto, estudamos sobre as relações ecológicas positivas. Em nossa postagem futura, vamos abordar as relações interespecíficas negativas, explicando sobre os seus tipos e características principais. Aguarde!

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