A Química Fundamental Para a Vida

Hoje iremos ver a importância de determinadas substâncias químicas para a existência e manutenção da vida dos seres vivos. Trata-se de conteúdo comumente cobrado em questões da prova de Ciências da Natureza, realizada no primeiro dia do Enem.

Apesar da imensa diversidade de formas de vida no planeta Terra, todos os seres vivos apresentam composição química muito parecida. De modo geral, podemos classificar os elementos que os compõem em substâncias inorgânicas e orgânicas. O primeiro tipo abrange a água, os sais minerais, gases como o oxigênio, nitrogênio e gás carbônico, enquanto o segundo tipo engloba as gorduras (lipídeos), proteínas, carboidratos e ácidos nucleicos.

Detalhando um pouco mais o papel de algumas dessas substâncias, temos primeiramente que falar sobre a água: trata-se daquela presente na maioria das células dos seres vivos, sendo responsável por inúmeras funções. Dentre essas, podemos citar: ação de solvente, o que facilita a ocorrência de reações químicas entre substâncias ionizáveis; meio de transporte, pois é através de fluidos a base de água que as substâncias são transportadas entre células; e proteção contra variações abruptas de temperatura, pois a água possui elevado calor específico.

De vital importância para o organismo, devemos citar também a atuação dos sais minerais. Geralmente são encontrados sob a forma de íons dissolvidos em água, sendo que cada íon exerce um papel no organismo. Dentre os mais relevantes, devemos lembrar o iodo (I) para o controle das funções da glândula tireoide, o ferro (Fe) como componente funcional da hemoglobina, o cálcio (Ca2+) na composição de ossos e contração muscular, e, por fim, a ação conjunta de sódio (Na+) e potássio (K+), atuantes na condução de impulsos elétricos pelas células nervosas.

Os carboidratos, por sua vez, desempenham papel estrutural e energético nos seres vivos. Dividindo-se em três categorias, temos: (i) monossacarídeos, considerados carboidratos simples de função energética e estrutural, compondo as moléculas de DNA e RNA; (ii) oligossacarídeos, constituídos a partir da ligação de até dez monossacarídeos. Nesta categoria encontramos a maltose, a sacarose e a lactose; (iii) polissacarídeos, que são macromoléculas formadas pela união de centenas ou milhares de monossacarídeos. Dividindo-se entre aqueles de função energética e estrutural, devemos nos recordar do amido, do glicogênio, da quitina e da celulose.

Por fim, as gorduras (ou lipídeos) são substâncias de pouca solubilidade em água. Dentre suas categorias, devemos citar os triacilgliceróis, moléculas que armazenam mais energia que os carboidratos e abrangem os óleos vegetais e as gorduras animais; os fosfolipídeos, que desempenham papel estrutural em membranas celulares; as ceras, que são ácidos graxos com cadeias grandes, presentes na pele, pelos e exoesqueleto de artrópodes, além de recobrir frutos e folhas de plantas; os esteroides, cujo componente mais importante é o colesterol, pois este faz parte do ciclo de produção de diversos hormônios e membranas celulares.

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