A UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), no momento, não irá aderir à lei de cotas sociais. A lei, aprovada pelo Senado Federal no inicio desse mês, já causa polêmica em todo o país.
A presidenta da Comissão Permanente de Vestibular (Comperve), Magda Pinheiro, afirmou que o vestibular 2013 será mantido nos moldes que constam no edital, lançado em 25 de junho de 2012. Isso por que o texto-base da lei de cotas sociais foi aprovado pelos senadores posteriormente à divulgação do referido edital. Magnalda Pinheiro destaca ainda que a instituição irá aguardar o posicionamento da presidenta Dilma Rousseff quanto à sanção parcial ou integral do projeto de lei ou, ainda, a possibilidade de veto total ao conteúdo original apreciado pelo Senado.
“Nossa decisão é no sentido de aguardar para saber qual será o entendimento da presidenta. Se houver alterações será com as cotas disponibilizadas para a entrada do segundo semestre, via Enem/Sisu”, disse Magnalda Pinheiro.
Caso a lei seja sancionada pela presidenta Dilma, a Comperve dará início ao cruzamento de informações sobre o numero de vagas ofertadas para o vestibular 2013 com dados do censo do IBGE no que se refere ao universo de negros, pardos e indígenas. De acordo com a lei, a porcentagem da cota racial estará vinculada aos números do IBGE em cada estado.
Mesmo sem alterações no vestibular tradicional 2013, Magnalda Pinheiro ressalta que a UFRN já adota sistema que favorece os alunos egressos de rede publica de ensino desde 2006. A UFRN concede a esses estudantes um acréscimo de 10% na nota. De fato, esse mecanismo tem beneficiado os oriundos da rede pública no ingresso a universidade. No total, em cinco anos, já foram beneficiados 2.567 alunos. Em 2011, esse número atingiu 770 candidatos. Entretanto, dados da Comperve mostram que destes, somente 20% se valeram do benéfico do argumento de inclusão.
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