MPF denuncia cinco por vazamento do Enem 2011

Nesta quinta-feira (08), o Ministério Público Federal (MPF) no Ceará denunciou à Justiça  cinco pessoas por participação no vazamento de questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 2011. Foram citados na denúncia duas representantes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pelo Enem; uma representante da  Fundação Cesgranrio, que preparou e aplicou a prova; e dois funcionários do Colégio Christus, de Fortaleza, cujos alunos tiveram acesso antecipado a algumas questões.

Em outubro de 2011 foi instaurado inquérito policial para apurar a autoria do vazamento de questões da prova do Enem. De acordo com o MPF, foi constatado que alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, tiveram acesso antecipado a 14 questões que constavam no exame. Os itens estavam em uma apostila distribuída pela escola semanas antes da aplicação das provas. As questões vazaram da fase de pré-testes do exame, da qual a escola participou em outubro de 2010.

As funcionárias do Inep Maria Tereza Serrano Barbosa e Camila Akemi Karino foram denunciadas por falsidade ideológica, por negarem a possibilidade de obtenção dos cadernos de provas do pré-teste. A representante da Cesgranrio Evelina Eccel Seara teve, de acordo com a denúncia, responsabilidade no vazamento das questões quando colocou à disposição dos coordenadores dos colégios que participaram dos pré-testes do Enem os cadernos de prova, que eram protegidos por sigilo.

Além deles, dois funcionários do Colégio Christus, a coordenadora Maria das Dores Nobre Rabelo e o professor de física Jahilton José Motta,  foram denunciados pela utilização e divulgação indevida do material sigiloso. A denúncia cita que, segundo as investigações da Polícia Federal (PF), o vazamento das questões no Colégio Christus se estendeu aos demais 30 cadernos aplicados na instituição e não somente aos cadernos 3 e 7, que foram comprovadamente distribuídos.

No mês de janeiro, o procurador da República declarou que o relatório da PF sobre o caso estava “superficial, inconclusivo e pautado em possibilidades” e solicitou que o inquérito retornasse e fosse aprofundado. O relatório da PF indiciava dois funcionários da escola Christus pelo vazamento das questões. Um deles é professor da escola e, de acordo com alunos do colégio, teria distribuído o material didático uma semana antes da realização da prova do Enem, em outubro de 2010.

Na época, o advogado da escola e dos funcionários indiciados, Sérgio Rebouças, disse que os clientes não têm qualquer participação no vazamento e alegou que as questões estavam no banco de dados do Christus. Uma das hipóteses para a semelhança das questões, de acordo com o advogado, era de que as questões chegaram ao banco de dados da escola após o pré-teste.

Fonte: Agência Brasil

 

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