Estudando Gramática Para a Redação do Enem

Já vimos em artigos anteriores assuntos como formalidade versus informalidade na língua portuguesa e instruções relacionadas às exigências específicas para a redação do Enem, que incluem pedido de uso da modalidade formal e ressaltam a necessidade da produção ser feita em língua portuguesa. Podemos perceber a partir daí que uma escrita proficiente pode garantir bons pontos nessa seção da prova temida por tanta gente! Por isso, as dicas de hoje vão tratar do estudo da gramática para que possa aplicá-la com facilidade na escrita da redação.

Atenção às aulas

Para começar, essa é bastante óbvia (mas muita gente a deixa passar batida): se está na escola, especialmente no ensino básico, aproveite a maior e melhor ferramenta que tem em mãos: um profissional que estudou e se dedicou a aprender o conteúdo do qual precisa ensinando e dando dicas todos os dias, que também está ali disponível para tirar todas as suas dúvidas! Suas aulas e seu professor são, em conjunto, a ferramenta mais completa para que possa praticar e sanar questões que tenha em relação à gramática da nossa língua, que realmente não é tão simples. Então, dedique-se ao básico (atenção às aulas, resolução de dúvidas sem medo de fazer perguntas e entrega em dia de todas as atividades propostas) e é possível garantir que as dificuldades serão bastante reduzidas!

Vamos supor, no entanto, que você não está mais no ensino básico e por isso não tem mais aulas de gramática, ou tem e já presta atenção nas aulas, mas gostaria de complementar seu aprendizado e prática. Vejamos como dá para fazer isso, então!

Mais ferramentas

Há duas ferramentas complementares a seus estudos de gramática que são confiáveis e acessíveis:

  1. os livros de gramática propriamente ditos – É sempre interessante adquirir (ou pegar na biblioteca municipal ou na de sua escola) um que esteja o mais atualizado possível, já que algumas regras, especialmente de ortografia, passaram por mudanças e se tornaram obrigatórias em 2016 (portanto, escrever na ortografia vigente anteriormente ao último decreto já é considerado erro em contextos oficiais como o Enem). Uma ótima ideia também é investir nos que tiverem exercícios, já que isso pode trazer mais uma forma de prática!
  2. sites especializados – Uma pesquisa simples no Google pelo ponto gramatical que procura ou no qual tem dúvidas pode gerar vários resultados. Procure manter-se, no entanto, nos sites especializados em educação. Há muitos fóruns e sites independentes por aí e eles podem ser úteis para discussões sobre dúvidas e pontos divergentes inclusive entre os próprios gramáticos, mas podem confundir em alguns momentos ao serem tomados como palavra final para as regras em vigor. Recomendamos a leitura do artigo dos 10 melhores sites de Gramática do Brasil que listamos aqui.

Praticando por conta

Caso você já pratique em sala de aula fazendo todas as atividades propostas e queira complementar seus estudos, ou seja alguém que já está fora do ensino básico, não participa de nenhum curso (mas o nosso de redação está aí pra te ajudar, se quiser!) e quer praticar por conta, você pode instaurar uma rotina de estudos específica para a gramática. Desenvolva um planejamento baseado no tempo em que pretende alcançar uma proficiência maior nesse assunto: até o fim do ano? Até uma semana antes da prova do Enem? Conte as semanas que terá até lá e observe se será necessário implantar um, dois ou até três dias de dedicação aos pontos gramaticais. Mas não exagere na dose diária, já que isso pode acabar fazendo com que seus estudos não rendam muito e acabem apenas causando fadiga.

Outra forma de praticar além dos exercícios que pode encontrar nos livros atualizados e nos sites é reescrevendo suas produções depois de corrigidas. Os professores fazem um bocado de anotações e muitas das vezes checamos apenas as notas (confesso que eu era uma dessas em muitas matérias), deixando o papel com nosso texto corrigido esquecido no fundo da bolsa, numa pasta ou até no lixo. É hora de resgatar esses papéis, observar as correções feitas e refazer as redações, aplicando-as! Além de ser uma boa prática, essa pode ser uma boa estratégia para observar suas maiores fraquezas na gramática, que podem ser um bom ponto de partida para sua agenda de estudos complementares. Se não estiver no ensino básico ou em nenhum curso que te ofereça correção de redações (mas lembre-se de que já falei do nosso, hein?), não se preocupe, porque você pode adaptar essa prática de correção para realizá-la sozinho. Deixe suas produções “descansarem” por alguns dias e depois as releia. Com certeza será capaz de observar algum ponto no qual pode ter cometido deslizes gramaticais e poderá reescrever a produção, corrigindo-os.

O que achou das dicas dessa semana? Pensa em implantar alguma? Já tem uma rotina de estudos? Conte tudo pra gente nos comentários e até semana que vem!

 


*Vanessa Christine Ramos Reck é graduada em Letras na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e fluente em mais três idiomas: Inglês, Espanhol e Francês. Além disso, é corretora do Curso Online do infoEnem. Seus artigos serão publicados todas as quintas, não perca.<

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