Como já estudamos aqui no Portal infoEnem, existem duas classificações em relação ao transportes de substâncias no organismo. No artigo anterior, falamos sobre o transporte passivo, o qual é representado pela osmose e pela difusão. Agora trataremos do transporte ativo.
Se o transporte passivo é caracterizado por não gastar energia no processo, o ativo é o contrário. Para ocorrer, é utilizada a energia na forma de adenosina trifosfato (ATP), que possibilita que o processo ocorra contra o gradiente de concentração, ou seja, do menos concentrado para o mais concentrado. Para liberar energia, a molécula de ATP quebra-se em ADP (adenosina difosfato) mais fosfato.
Para simplificar a compreensão, podemos assimilar essa passagem de substâncias e íons à passagem por uma catraca. A molécula ou íon que precisa cruzar a membrana lipoproteica se liga a uma proteína desta. A proteína gira, se desvincula da molécula e gira novamente, voltando à posição inicial de modo que possa transportar outras moléculas.
Um dos exemplos mais recorrentes desse tipo de transporte é a bomba de sódio e potássio. A região exterior à membrana tem maior concentração de sódio e a interior, de potássio. Para que as concentrações sejam mantidas, ou seja, não se equilibrem, ocorre o transporte ativo. As proteínas da membrana se ligam ao Na+/ do interior da célula e liberam-no no exterior. O mesmo é feito com o K+/, mas na direção contrária, ou seja, é liberado no citoplasma.
Esse processo ainda pode ser visto em diversos assuntos de biologia, pois a bomba de sódio e potássio é fundamental para o bom funcionamento do organismo, participando, por exemplo da contração muscular, da condução de impulsos nervosos, em que o sódio e o potássio são responsáveis por manter uma alternância de cargas elétricas, da respiração e da síntese proteica, além de facilitar a penetração de aminoácidos e açúcares na célula. Portanto é extremamente importante entender tal processo para compreender outros mais complexos.
