Apesar da competência mostrada na organização do Sisu e do SisProUni, o Ministério da Educação escorregou em pontos que podem ser considerados bem mais simples.
Ao divulgar em seu portal as notas máximas e mínimas do Enem no dia 22 de dezembro do ano passado, o MEC não atentou a todos que tínhamos na realidade duas referências: uma para candidatos convencionais e outra para os estudantes com deficiências visuais.
A prova diferente justifica-se pelo fato de algumas questões exigirem maior acuidade visual, impossibilitando a resolução por alunos com determinadas deficiências. A diferenciação das notas mínimas e máximas também é claramente compreensível, pois na substituição dessas questões, teríamos a possibilidade de dificuldades diferentes. Isso levaria, de acordo com a Teoria da resposta ao item (TRI), a distintas pontuações e consequentes notas máximas e mínimas também diferentes.
A divulgação incompleta do MEC ganhou os noticiários quando a professora de física de um cursinho preparatório para vestibulares de Campinas, que prestou o Enem 2011, observou que suas notas estavam maiores que as notas mínimas, mesmo tendo entregado seu cartão de respostas em branco.
A professora Mônica Nunes se inscreveu no Enem apenas para poder levar o caderno de respostas para que o cursinho onde trabalha pudesse realizar a correção da prova imediatamente após o término do exame.
A confusão só foi desfeita na tarde de ontem (17), quando o MEC divulgou as notas mínimas separadamente. Embora, ao nosso entender, faltaram também as notas máximas.
Claramente, esse tipo de problema pode ser facilmente evitado. Basta a divulgação correta e clara dos dados do exame.
Abaixo segue a tabela divulgada ontem.
Notícias relacionadas:
- Enem 2011: notas máximas e mínimas
- Resultado Enem 2011
- Entendendo a TRI (Teoria da Resposta ao Item)